14 de agosto de 2008

Samba e café


Nas lacunas tímidas onde tomamos ar para voltarmos a nos mergulhar, quisera falar e ouvir: mas só com os olhos, e com o corpo, como num bailado silencioso a nos envolver, naquelas horas em que, num gesto, o café se joga sobre a mesa atrapalhada e molha tuas roupas, e eu faço comédia, e tu me faz um samba. E tentamos entender, e dar forma, e sair correndo, fugindo, cantando, mas só a tepidez do mistério bastaria, doce tensão degustada em camadas.


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